Buscar a intimidade com Deus e a perfeição de vida através da oração desde cedo faz com que a criança se ordene mais facilmente, como nós mostra São João Crisóstomo “Queres que teu filho seja, obediente? Prepara-o desde cedo, educando-o e admoestando-o no senhor. Faze-o cristão. Sobretudo para quem vive no mundo, e especialmente aos jovens, é necessário conhecer os ensinamentos da Escritura.”
Pelo sacramento do matrimônio, os pais passam a ter a responsabilidade de transmitir a fé para as crianças. Como explicita o Catecismo de São Pio X, “os pais são obrigados a procurar que seus filhos e dependentes aprendam a Doutrina Cristã; e são culpados diante de Deus, se desprezarem esta obrigação”.
Muitos pais, especialmente os de primeira viagem, podem sentir medo e insegurança quanto à criação e educação dos filhos na Fé. No entanto, o essencial é que eles próprios estejam enraizados na fé, na vida de oração e na vivência dos sacramentos.
Não é possível transmitir aquilo que não se possui (cf. Mt 12, 34). Assim, o pai e a mãe precisam estar sempre vigilantes para que não falte neles mesmos tudo aquilo que diz respeito à fé cristã e que desejam transmitir aos filhos.
Os primeiros catequistas dos filhos são os pais
Em sua Suma Contra os Gentios (4,58), Santo Tomás de Aquino diz que “a missão dos pais é uma tarefa, até certo ponto, paralela ao sacerdócio dos padres”. Assim, o primeiro e pequeno passo em direção à união com Deus está na família.
Fundada sobre o sacramento do matrimônio, é o local onde os filhos aprenderão a orar, a perseverar na oração e também onde, desde pequenos, irão perceber a autoridade dos pais, reconhecendo e se entregando mais facilmente à autoridade divina.
Neste sentido, é preciso ressaltar a importância da harmonia conjugal, já que esta atinge diretamente a criança para o bem ou para o mal. Por isso, é importante cuidar do casamento, para promover um ambiente sadio e propício ao cultivo das virtudes.
A educação se dá também pelas atitudes dos pais diante dos filhos, não apenas sobre o que é dito. “Estes, principalmente quando pequenos, imitam tudo o que veem, com a agravante de seguirem mais facilmente ao mal, ao qual nos sentimos inclinados por natureza, que o bem, que contraria nossas inclinações perversas” (Santo Afonso de Ligório).
A vida de oração, sustentáculo da boa educação